sábado, 2 de maio de 2009

A vida de uma Diva realmente não é fácil... Hoje no auge dos meus bem vividos 27 anos, descobri que por mais que tenha vivido, ainda não sei de muita coisa... E o “processo seletivo da vida” é doloroso, árduo e muitas vezes cruel; você pode dominar o conteúdo, mas não tem o perfil desejado ou vice-versa. E assim a vida vai, segue ligeira nos pregando cada peça, que não dá nem para contar.
Sim, como toda e boa Diva, eu tenho sonhos, coloridos ou em preto em branco, e quem não os tem? Sonho com buquê de flores em dias especiais, com noites frias de um mês de Junho em Diamantina, com o Príncipe Encantado, com a casa de cerquinha branca e com uma escada cheia de crianças numa tarde de domingo.Durante um tempo tive a enganosa sensação que a felicidade estava em um elo na mão direita, a tal satisfação para sociedade... Sou “feliz” e pela lógica (sem lógica alguma) devo me casar para realizar os sonhos que citei acima (sonhos que um dia, me desfiz do meu egoísmo e me permiti sonhar com alguém)...
Ledo engano a felicidade não estava escondida aí, ali, aqui ou acolá, acredito que ela esteja guardada em cada gesto das pessoas que amo, como por exemplo, a Aninha me chamando de “Popó” ao telefone (e ela ainda nem completou 2 anos) e as conversas de infindáveis madrugadas com minha irmã, onde por diversas vezes desenhamos um mundo cor de rosa, com melhores amigos perfumados e amores da adolescência que jamais se perderiam no tempo... Garotas utópicas! Adoro...
Depois de dias de tempestades internas, é como se meus fantasmas voltassem a descansar, e pela primeira vez em tanto tempo; sinto-me em paz. A sensação é de missão quase cumprida, metade do caminho ficou para trás, agradeço a Deus por isso, mas lamento porque ao percorrer este caminho, pessoas especiais ficaram para trás... Culpa do destino, da sorte, da conspiração, do momento, da omissão, da covardia, do medo, da insegurança, enfim cada um tem sua parcela de culpa.
Essa semana foi difícil, duelos pessoais, e a comprovação da minha inteligência no papel, aos poucos fui derrubando um dragão a cada dia, e não via a hora da chegada do sábado à noite... Não que eu espere alguma coisa, só precisava descansar um pouco e pensar em nada, ou quem sabe em tudo!E diante de tanta agitação, incrível; estou confortada, não tive tempo para remoer dores e muito menos para me culpar, acordei cedo, fiz novos amigos e redescobri o dom de me apaixonar por pessoas, lugares, momentos e instantes preciosos.
Parece que num repente, toda a minha vida mudou, e apesar da dor infindável de perder alguém para morte, consigo ver holofotes no fim do túnel; talvez seja esse o momento certo para escrever uma nova História, e semear grãos de “arco-íris” em caminhos que outrora foram turvos.

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